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sexta-feira, 8 de abril de 2011

A UERGS e o tucano que voou


“Tu acha que eu vou perder o meu tempo? Tenho coisas mais importantes para fazer!”

Isso foi o que eu ouvi de uma pessoa que estuda na Uergs, não do mesmo campus que o eu. Fiquei estarrecida com essa atitude, pois quando estudávamos juntas, no ensino médio, a postura dela era totalmente diferente perante questões inquietantes.

A Uergs está com um dilema de falta de professores e isso ocorre não de hoje. Ainda há pouco, liguei para minha amiga que também cursa na Uergs e fiquei sabendo que alunos do campus dela iriam a Porto Alegre tentar uma reunião com o Tarso, nosso governador, por causa dessa falta de professores. Fiquei até animada com a notícia, pois nesta segunda-feira (04.04.2011) fundamos o CAESD (Centro Acadêmico da Engenharia em Sistemas Digitais) justamente para poder lutar por essas e outras melhorias. Neste momento, perguntei se ela iria a tal reunião e obtive a lastimável primeira frase deste texto como resposta.

O problema da sociedade atual é provocado por pessoas que também dão essas respostas. Importar-se com a totalidade é defender a cada um de um modo genérico e prático. Lutar por uma causa de todos, na minha visão, não é perder tempo, muito pelo contrário. Perder tempo é ficar vendo televisão acomodadamente em seu sofá, esperando que algo mude. Somar forças é ganhar tempo, é acelerar o processo, afinal, já diz o ditado, “muitas cabeças pensam melhor do que uma”. Minha amiga poderia simplesmente ter dito que não tem tempo para deslocar-se ou que não gosta da burocracia política que gira em torno da Uergs, mas nunca, sendo aluna-pilar, dizer que querer promover o bem comum seja perda de tempo.

Estamos em uma Instituição que tinha tudo para dar errado, mas não deu, para minha sorte. Enfrentamos uma realidade de infra-estrutura precária e falta de professores, porém, temos o título de 3ª melhor universidade do Rio Grande do Sul, na frente de muitas faculdades renomadas, como a Federal de Santa Maria, PUC, Unisinos e cia ltda.

A Uergs se manteve viva por seus alunos, professores e funcionários, durante longos anos de tirania tucana (lê-se Yeda) aqui no estado. Imagine se todos os alunos pensassem como a minha amiga. Nossa universidade já estaria fechada há algum tempo.

Hoje, eu mais três colegas conversávamos justamente sobre este assunto, como melhorar a faculdade. Chegamos à mesma barreira, que é o comodismo, indiferença e até mesmo ignorância de alguns.

Não canso de repetir: seja no que for, sozinho não se vai longe! A solução é reunir toda a massa que vive no mundo Uergs e mostrar que estamos dispostos a fazer o que for para aperfeiçoarmos nossa instituição de ensino superior, a qual não é pequena e sim, espalhada.

Quase todos os estados brasileiros têm universidades estaduais bem-sucedidas. Por que temos que ser diferentes? Sei que comparar a Uergs com qualquer outra estadual é meio desleal e utópico, mas vivemos esse sonho, que é possível e de fácil execução, isso, se as autoridades cumprirem com suas promessas.

(texto escrito em 06.04.2011)

domingo, 3 de abril de 2011

Entre a vida e o MSN




Abro meu MSN e ele está lá, verde. Penso em chamá-lo, mas fico ali, com a página aberta, vendo sua foto.

Lembro tudo o que vivemos. Era outubro, nós dois tínhamos terminado com nossos namorados, ele, com sua namorada. Saímos numa tarde bonita, vimos o estuário, pegamos um vento maravilhoso. Quando sentamos no trapiche não pude me negar em acariciar seus cabelos. Amo cabelos masculinos ao vento, no brilho do sol. O cabelo dele era irresistível. Estávamos nós, mais dois amigos. Ele teve que sair mais cedo, pois já estava na hora de ir para seu trabalho, mas algo o prendia. Foi e voltou algumas vezes até o ponto do ônibus, até que armou seu argumento rapidamente. Resolveu dar um abraço de tchau em cada um, deixando-me por último, e na minha vez fez algo diferente. Não foi aquele o melhor beijo da minha vida.

Depois de muita conversa pelo MSN, ficamos mais amigos que sempre. Eu sabia da sua infância, dos seus problemas. Eu sabia um pouco de quase tudo da vida dele e ele da minha. Fui motivo oculto de um post do blog dele, o título era em inglês, mas dizia “Demônios na minha cabeça e anjos na minha vida” ou pelo menos era algo parecido. Eu abria diariamente, muitas vezes por dia, o blog dele. Lia, relia e lia de novo. Todavia, não éramos nada um do outro, apenas amigos.

Eu sabia que encontrava nele a resposta para qualquer pergunta. Poderia perguntar a coisa mais inibidora, que qualquer garoto da face da terra se negaria a responder. Ele responderia com a maior simplicidade, com o mesmo tom de voz que falava de matemática. Seu jeito diferente de ser me chamava atenção desde o primeiro momento em que o vi. Era um jeito delicado e misterioso. Alguns o achavam um tremendo chato, que sempre tinha resposta para tudo. Eu o achava esperto. Ele se achava esperto. Talvez fosse um dos seus defeitos: achar-se inteligente.

As primeiras semanas de novembro continuavam com sua doçura, seu encanto. Nossos ex’s nos chamavam no MSN, pediam para reavaliarmos nossas decisões de término. Ele me dizia para ser forte e não cair na lábia do meu ex, coisa que ninguém precisaria me falar.

Ele me contou que foi numa festa e viu sua ex com outro indivíduo. Estava nítido o abalo físico-emocional sofrido no final de semana. Ele havia tomado um porre de uísque e fumado alguns cigarros, algo do qual não fazia desde o último término, há alguns anos atrás. Contava-me com legítima franqueza tudo o que sentia. Contou da atração pela ex, da dor, de como ela sabia fazê-lo sofrer.

A ex-namorada dele acabou perdendo o emprego. Eles moravam juntos há alguns meses e tinham um contrato de aluguel de 1 ano (e uma multa de quebra de contrato) do apartamento. Ela estava com muitos problemas, pois a poupança que ele deixou não duraria muito tempo. Sem namorado para dividir as despesas, sem emprego e sem mãe, ela se obrigaria a pedir ajuda a seu pai, o que seria muita humilhação na visão dela, pois ele simplesmente a abandonou quando criança.

Em alguns dias pude perceber que não existia a mesma coisa que existia em outubro. Estávamos distantes. Muito próximos em metros, mas tão longe de alma que foi preciso me contar tudo o que estava acontecendo por MSN. Ele voltou com a ex. Hoje o vejo ali, verde, disponível. Não tenho mais coragem de chamá-lo. Desisti. Algumas vezes o chamei com um “oii!!” e nada foi-me respondido. Outrora perguntei se ele estava chateado comigo. Recebi uma resposta off-line “to chateado não!” e só.

Só quero saber por que ele não me bloqueia ou exclui? Por que me deixa vê-lo, ver seus subnicks, muitos para ex que hoje é a atual? Sei que nunca tivemos nada, que sempre nunca passou de amizade. Então por que isso me incomoda? E se para ele também foi só isso, sempre isso, por que ele não me trata como antes, não me trata como sua amiga? Prometo para mim, nunca mais o chamarei. E se a vontade do clique duplo sobre seu nome prevalecer, obrigar-me-ei a bloqueá-lo e excluí-lo.

sábado, 2 de abril de 2011

Sentimental



É, tem dias que acordamos assim, mais sentimentais que o normal. Hoje é um desses dias. Sem ter explicação, qualquer lembrança boa já se faz imensa saudade. Tanta, que o peito dói. Tanta, que a vontade de reviver tudo é a única coisa que passa pela cabeça. Saudade revivida por fotos, textos, palavras, músicas ou só lembranças mesmo.

Melancolia com nostalgia = saudade... combinação bombástica!

Aconteceu na Rádio Tupi SP

Locutor: – Quem fala?
Ouvinte: – É o Vicente.
Locutor: – De onde, Vicente?
Ouvinte: – Lapa!
Locutor: – Olha aí, Vicente da Lapa! Valendo o kit com camiseta e CD do Edson e Hudson. Presta atenção!
Qual é o país que tem duas sílabas e se pode comer uma delas? Prestou bem atenção? Há um país com 2 sílabas e 1 delas é muito boa para se comer.
Dez segundos para responder.
Ouvinte: – CUBA!
Locutor: Mudo por alguns segundos, com a turma do fundo morrendo de tanto rir.
Tá certo, seu Vicente! Vai levar o prêmio pela criatividade. Mas aqui na minha ficha estava escrito JAPÃO…

Danoninho? (a pausa entre as palavras faz todas a diferença!)


Os dois menores contos de fada do século XXI

O PRIMEIRO:

Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:
- Você quer casar comigo?
Ele respondeu:  NÃO!
E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.
O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.
FIM!!!



O SEGUNDO:

Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: - Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre...
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava: - Nem fo....den...do!
FIM!!!
 (ambos os contos são do Luiz Fernando Veríssimo)

Brincando com a Lua

Fotógrafo profissional e jornalista científico, Laurent Laveder criou a série Moon Games, composta por diversas imagens que mostram pessoas interagindo com a Lua.

Capturando as cenas por um ângulo específico, o artista faz parecer que o satélite está realmente ao alcance das mãos dos homens e mulheres que, posando para as lentes do artista, brincam de jogá-lo para cima, ou pousá-lo na xícara de café.

Especializado em fotos do céu, Laveder faz parte do coletivo The World At Night, que reúne 30 dos melhores astrofotógrafos do planeta.