Total de visualizações de página

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Essa talvez não seja uma história de amor

Levava minha vida sossegado, fazendo faculdade de engenharia, trabalhando em uma empresa de energia solar. Finais de semana sempre estava com meus amigos em alguma festa e sempre acompanhado de uma bela mulher. Nunca de fato me permiti envolver verdadeiramente com uma pessoa depois do meu primeiro e último relacionamento. Conheci uma mulher em uma dessas festas, chamava-se ela, Catarina.

De início não éramos de conversar muito, nos falávamos só quando estava todo mundo junto. Aconteceu de sair a mesma turma com frequência e assim fui me aproximando dela,  conhecendo-a melhor, me encantando com essa beleza ímpar... só dela. Não me refiro só a beleza física, mas sim, da beleza interior. Tinha uns olhos que me encantavam da mesma maneira que o som da flauta de um encantador encanta a serpente, um sorriso que qualquer homem ao redor pararia só para olhar, um tom de voz que minha alma escutava como música e ficava a dançar, a cantarolar. Engraçado, às vezes me pego pensando nela, desejando-a. Não um desejo malicioso, é um desejo pelo seu ser, fome de suas palavras, mesmo que não diretamente para mim. Estar ao seu lado me proporciona um turbilhão de sentimentos. De paz, de calma, de euforia e um queimor na boca do estômago como se eu estivesse na beirada de um grande e alto edifício. Fico a imaginar quão grande seria nosso romance, daqueles que só se vê em filmes e novelas. O casal apaixonado correndo pela chuva, beijos sedentos, cartas e mais cartas de declarações de amor. Ela fez a escuridão que habitava dentro de mim, ser substituída por luz. O coração de Catarina já tem dono. Será esse mais um amor impossível? Daqueles que não se pode gritar para o mundo?
Bom, me resta sonhar, desejar e ama-lá por aqui, mesmo que em silêncio.