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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Quintessência


"A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida"

Encontraram-se outrora, como fosse a cinco anos atrás.
Nada mudou. Ah! Mudaram as estações...

Não!

Claro que mudou. Você mudou. Eu mudei. Eles também tinham que mudar o que eram, como eram e o que tinham. Sobre o ter, tinham apenas seus corpos perdidos num planeta implorando para ser explorado, descoberto, revisitado. Mas conviviam com aqueles sentimentos que não matam a vida, todavia, a deixam com um pesar do estilo "como será que ele está?". Assim viveram em tempos de compressões cósmicas. O que fazer nesta capital fria, se a mulher a qual me apaixono repetidas vezes nos últimos instantes do Universo não está do meu lado?

Energia!

A ampulheta girou o quanto necessário. O tempo é diferente nos cantos do universo. E o Vinícius, tão sábio em suas palavras, previu a arte da vida.

Quintessência!

A resplandecência no encontro de corpos celestiais - a negação da decência dos homens arcaicos e a recriação da decência dos pós-modernos.

Nebulosa!

A doçura de seus lábios. A melancolia romântica de seus olhos. O sal de seu sexo. O colorir de sua alma. Ora, pois, que céu é este que mesmo tão próximo se mostra tão distante?

Em meio a calorimetria que gritava por ser analisada, pausaram. O universo de eventos é composto por sons e silêncios. Isto é a música. Esta é a música que eles gostam de ouvir juntos. Da explosão do encontro à tranquilidade do conforto do ser-estar-sentir.

Arrepio.

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