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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Trauma: Da areia à vela do bolo de aniversário


Verão. Praia. Areia. Amizades... coisa melhor não existe. Mas daí chove! O que fazer?

Festa de aniversário de criança pequena. Mães comendo. Pirralhos correndo. A vela do bolo que sempre acende e de novo e de novo e de novo.

Junta isso!

Fomos passar o verão em Tramanda. A previsão do tempo dava sol pra semana inteira. Tivemos dois dias de sol. Os toscos, já estavam vermelhos, como camarões. Nós, com um bronze bonito. Mais bonito era nosso sorriso.

Terceiro dia. O tempo nublou. Fomos igual. O vento fez tudo encher de areia (meus filhos vão nascer com areia!). Aniversário do Pedrinho ao meio-dia. Eu já tava estressada com o azar que tava acontecendo (vida-de-meba). Colocamos o pé na casa do pirralho e começou a chover. A idiota da mãe da garoto peste tinha colocado tudo na rua. A correria foi grande. O Pedrinho queria por que queria ajudar e resolveu carregar a tigela com uma substância vermelha (uma tentativa aguada de gelatina de morango). Logo vi que ia dar merda problema! O desgraçadinho mirim veio correndo e derrubou a meleca por cima de mim (meus filhos vão nascer vermelhos e com areia). Pra piorar, o piá sentou e começou a chorar. Parecia que eu é q tinha feito algo pra ele. Veio a mãe dele, me olhou com cara de “o que você fez com meu anjinho?” e disse: -Não foi nada, a mãe já arruma. Ela levando ele no colo e ele colocando a língua pra mim. Que raiva que eu tava!

Vamos enumerar: passei a noite ouvindo os reclames dos camarões, me enchi de areia, choveu, meu cabelo ficou armado, meu cabelo ficou melecado, minha canga ex-branca ficou vermelha, o piá colocou a culpa em mim, a mãe dele me culpando também, os coleguinhas do guri rindo e me atormentando.

Na hora do parabéns o que eu já tava querendo era afundar a cara do Pedrinho no meio daquele bolo.

Mas a velinha era demais, oito vezes (eu disse oito!) apagou e acendeu. Nem fiquei pra comer o bolo, saí antes que algo pior acontecesse.

Chegando na tranqüilidade da minha casa (alugada e com goteiras), fui tomar um bom banho, pensando que tinha me livrado da maré de azar, quando no exato momento falta luz. Banho gelado!!!

Desse dia eu fico com as memórias e com o trauma de velinha de raio de bolo de aniversário de festa de pirralho chato.

Nunca mais acreditei em previsão do tempo.
Nunca mais comi gelatina de morango.
Nunca mais fui em festas infantis.

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