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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Um novo lar

Eu estava em casa sozinha, quando aquele homem me leva de lá. Colocou-me dentro do carro e dirigiu por uns 20 minutos. Ele me cobriu pra ninguém me ver, disse que estava me levando pois a mãe queria me abraçar. Chegamos num prédio grande, cheio de gente com roupa branca, alguns usavam máscaras. Tinha umas filas também lá dentro do prédio.

Não sei quem ele era. Só podia perceber em seu rosto aquela expressão... triste. Uma lágrima na garganta. Esperamos numa sala onde passava um corredor grande. O telefone dele tocou. Pude ver pela frestinha a rapidez que ele atendeu o celular. Pude ver também a lágrima que estava na garganta e agora está saindo do seu olho, escorrendo por seu rosto. Preferi não espiar mais a rua. Acomodei-me e acabei por dormir.

Tive um sonho com a minha mãe, ela estava linda! Me esperava de braços abertos. Eu corri até ela que me pegou em seu colo macio e me deu o seu carinho suave. Mas ela me largava do seu abraço e me dava tchau, um tchau triste e amável... então acordei. Estava de novo no carro com aquele homem. Chegamos em casa. Ele me botou na cama e começou a procurar uns papéis na gaveta. O telefone dele toca de novo e ele atende no viva-voz. Descobri seu nome, Rodrigo. A mãe sempre me contava de seu filho Rodrigo e dizia que eu iria conhecê-lo no dia 30 de março, quando ela iria fazer 45 anos. Mas hoje é dia 5 de fevereiro, será que ele veio antes?

A mulher da ligação era a Tilde, uma amiga da mãe. Ela falou que era pra ele ir pra Capela da Conceição e levar um papel, o qual ele não havia parado de procurar. As vozes tristes me deixavam triste também. Minha angústia era pela falta da mãe! Por que ela não está aqui ajudando o Rodrigo? Cadê ela? Já está quase na hora dela tomar os remédios! Ele acha o papel e sai. Eu fico ali, naquele apartamento, no escuro, no silêncio. Eu choro! Choro muito! A vizinha manda eu parar de gritar...

Já não sei quanto tempo se passou. Acho que uns dois dias ou quase isso. Eu to com muita fome...

O Rodrigo aparece com uma moça bonita. Ela me pega no colo e sorri. Me
deu uma bolacha e me levou pra sua casa. Ela era a Mônica, esposa do Rodrigo. Eles me deram uma coleira nova, me apresentaram para os outros cachorrinhos da casa e disseram que este era o meu novo lar.

3 comentários:

  1. bom eu ja te disse mas quero deixar bem claro aqui no blog.
    vc tem muito talento garota
    realmente adoro ler u q vc escreve, prende minha atenção o texto foi muito bem bolado sinaum fosse a foto garanto q só iriam descobrir a "identidade" do personagem no último momento.
    muito bom mesmo
    bjuss parabéns...

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  2. E eu vou te contratar como meu comentarista!! Valeuu! ^^

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